sexta-feira, 15 de março de 2024

Cheia

Cheia de palavras para dizer;

Cheia de saudades;

Cheia de emoções;

Cheia de amor…

 


quinta-feira, 14 de março de 2024

Turbilhão de emoções

 Aqui estou eu, tantos anos depois…

- Porquê agora?

- Porque bateu aquela saudadinha e vontade de escrever, mesmo que ninguém vá ler. Porque é a única forma de libertar o que sinto e tenho cá dentro.

- O que mudou nestes anos todos?

-Garantidamente, muita coisa. Muitas delas para pior… (Fuck)

- Vontade de escrever? Sobre o quê? 

- Cada vez mais. Vontade de escrever sobre o que sinto e me vai na alma. Sobre as amarguras da vida. Sobre (o) arrependimento. Sobre uma vida feliz que tinha e que descartei sem olhar para trás…

- Saudade de quê? De quem?

- De quem me era tudo. Do meu porto de abrigo. Do meu ombro amigo. Do meu confidente. De quem me enchia o dia com coisinhas pequeninas mas cheias de significado e muito amor. De quem me orgulhava. Por quem os meus olhos brilhavam quando o via. Por quem eu me preocupava mais do que comigo própria. Por quem me fazia verdadeiramente feliz *.*

- Arrependimento(s)?

- Muitos. Muitos mesmo. Pensar nisso entristece-me ainda mais…

A vida segue. O tempo não pára. As pessoas mudam. E o amor? (O amor) esse esteve sempre lá e é cada vez mais notório que ainda continua com a mesma intensidade. As borboletas na barriga, essas são cada vez mais :)

terça-feira, 8 de maio de 2018

Verdade nua e crua

          Sempre fui gorda.
        Houve alturas, quando era mais nova, que a médica me chegou a avaliar como obesa. Tentava mudar a mentalidade da minha mãe e o modo como me alimentava mas todas as tentativas foram em vão. Cheguei a ter mais 10 kg’s do que o normal para a minha idade e altura.
       Olhando para trás, e vendo como eu era, chego à conclusão que nunca gostei de mim… Do meu corpo e muito menos do que via quando olhava ao espelho. À parte da minha cara (sempre me achei gira). Ainda hoje não gosto do que vejo ao espelho… Toda a minha família e os meus amigos dizem-me que assim estou bem (e que não preciso de emagrecer mais). Mas eu não consigo ver isso. Nem os meus olhos e muito menos o meu cérebro. Esse ainda está formatado para ver uma rapariga gorda e sem auto-estima. Por mais que tente não me consigo ver doutra maneira. Só me conheço assim.
      No final do verão do passado aderi ao estilo de alimentação Paleo. Na altura poucos foram aqueles que apoiaram a minha decisão. A maior parte das pessoas dizia que era uma paranóia e que mais tarde ou mais cedo ia acabar por ceder. Contra tudo e todos apostei cada vez mais nessa alimentação. Muitos foram os dias e noites que passei a pesquisar, ler e perceber como esta alimentação funciona e o impacto que tem no nosso corpo. Queria mostrar-lhes que estavam errados. Que ia seguir as minhas convicções e que ia ser bem-sucedida. Vivi numa constante batalha comigo própria. Foi nessa luta que encontrei todas as forças para conseguir vencer cada batalha que me ia surgindo. Hoje sou mais forte e mais segura de mim, sem dúvida.
      A primeira alteração notou-se logo ao fim de pouco tempo (1 semana talvez). O inchaço abdominal desapareceu quase por completo e, consequentemente, veio a perda de peso num total de 4kg’s (actualmente, quando as pessoas olham para mim dizem-me que perdi imenso peso :D). Aliado a todo este processo de mudança de alimentação incumbi-me de começar a praticar exercício físico (algo que não fazia à quase 5 anos). Hoje, são cada vez mais raros os dias em que não pratico exercício (pela manhã bem cedinho que é quando sabe melhor e gosto mais).  Só assim, aliando a alimentação com a pratica de exercício físico, é que  percebo o quão bem me sinto, não só física mas também psicologicamente.
       Não, hoje ainda não é o dia. Hoje, ainda não me vejo como os outros me vêm mas sei que essa dia há-de chegar.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mulheres com garra


Fiz-me de forte mas acabei derrotada. Uma mulher não se pode defender sozinha se não tiver um bom escudo e boas armas…

Ando numa guerra desenfreada comigo mesma à mais de um ano. Foi um longo ano, ou um ano longo. Não sei ao certo qual das duas opções é a mais acertada e apropriada para definir tudo o que tem acontecido neste último ano.

Preciso de paz. Paz exterior mas sobretudo, e acima de tudo, o que preciso mesmo é de paz interior. Paz essa que se foi embora à imenso tempo. Tenho vivido em constantes batalhas ultimamente. Batalhas dolorosas. Batalhas massacrante.

Só quero acordar um dia e não ter mais nenhum armamento para lançar e principalmente que mais nenhum me caia em cima. Tenho medo das bombas que me atingem. Tenho receio que mais alguma bala me passe ao lado do ouvido. Não quero mais ser o alvo de todo este tipo de terrorismo.

Quero acordar um dia e não ter mais nenhum granada para atirar. Quero ter o colete de balas sem mais munições. Quero poder olhar para um lado e para o outro e ver que tudo acabou. Que não há mais guerra que me possa atormentar. Quero encarar de frente o sol e poder ver o seu brilho. Quero ser a eterna estrela brilhante da noite. Aquela que guia os outros pela sua força. Quero que este sofrimento acabe de uma vez por todas. Quero ser feliz. Ver novos horizontes. Quero levantar-me um dia da cama pensar ‘’este pesadelo acabou finalmente’’. Quero ser/ter tudo o que não sou/tenho hoje.