terça-feira, 22 de novembro de 2016

Mulheres com garra


Fiz-me de forte mas acabei derrotada. Uma mulher não se pode defender sozinha se não tiver um bom escudo e boas armas…

Ando numa guerra desenfreada comigo mesma à mais de um ano. Foi um longo ano, ou um ano longo. Não sei ao certo qual das duas opções é a mais acertada e apropriada para definir tudo o que tem acontecido neste último ano.

Preciso de paz. Paz exterior mas sobretudo, e acima de tudo, o que preciso mesmo é de paz interior. Paz essa que se foi embora à imenso tempo. Tenho vivido em constantes batalhas ultimamente. Batalhas dolorosas. Batalhas massacrante.

Só quero acordar um dia e não ter mais nenhum armamento para lançar e principalmente que mais nenhum me caia em cima. Tenho medo das bombas que me atingem. Tenho receio que mais alguma bala me passe ao lado do ouvido. Não quero mais ser o alvo de todo este tipo de terrorismo.

Quero acordar um dia e não ter mais nenhum granada para atirar. Quero ter o colete de balas sem mais munições. Quero poder olhar para um lado e para o outro e ver que tudo acabou. Que não há mais guerra que me possa atormentar. Quero encarar de frente o sol e poder ver o seu brilho. Quero ser a eterna estrela brilhante da noite. Aquela que guia os outros pela sua força. Quero que este sofrimento acabe de uma vez por todas. Quero ser feliz. Ver novos horizontes. Quero levantar-me um dia da cama pensar ‘’este pesadelo acabou finalmente’’. Quero ser/ter tudo o que não sou/tenho hoje.

terça-feira, 3 de maio de 2016

As relações saudáveis são assim

''- Mas o gajo batia-lhe? - pergunto acerca de uns conhecidos.
- Sim, e acho que quando namoravam ele a violava. - responde a minha namorada.
- Como assim? - pergunto, confuso.
- Então, forçava-a a ter sexo. - afirma.
- Sim, mas eram namorados... - continuo.
- Mas não lhe apetecia e ele forçava. - conclui ela.
- Não estou a perceber. Fazer sexo por obrigação é o ingrediente chave para uma relação duradoura.
- Vê lá se queres dormir no sofá.
- Mas violo-te primeiro na cama, certo?
As relações saudáveis são assim.''

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Sonhos

(…)

Os sonhos sempre me fascinaram. Não pelo seu conteúdo, poi nem sempre é bom. Fascinam-me pelo facto de, na maior parte das vezes, pelo menos acontece comigo, sonhar com algo que vivi ou então com algo que anseio muito. Por vezes é perturbador, confesso. Não sei distinguir a realidade da ‘’ficção’’, daquilo que realmente se passou, ainda que apenas na minha mente. No meu subconsciente. Não sei se por vezes é apenas ele a pregar-me partidas para ver como reajo. Para eu me ‘’descolar’’ de mim mesma. Para perceber até onde sou capaz de ir para testar os meus limites. A minha coragem. A minha reação perante as diversas situações que me surgem.

(…)

~

sexta-feira, 25 de março de 2016

amo-te tanto mas....

''amo-te tanto mas hoje tenho de levar o carro ao mecânico, as rodas fazem um barulho estranho, não deve ser nada mas é melhor prevenir, amanhã prometo que vamos ver que tal se come naquele restaurante novo junto à rotunda, e depois levo-te ao cinema, ai não que não levo,
amo-te tanto mas hoje tenho de ver o treino do miúdo, o treinador ligou e disse-me que temos craque, o nosso menino a jogar como gente grande, vê lá tu, quando chegar com ele vê se tens prontinha aquela comid...a que ele adora, o puto merece, ai não que não merece,
amo-te tanto mas hoje tenho de ficar até tarde no escritório, há aquele projecto do estrangeiro para fechar, está aqui tudo perdido de nervos, não sei se aguento, daqui a pouco ligo-te para saber como vai tudo, o miúdo e as coisas aí em casa, agora tenho de ir mostrar a esta gente toda como se trabalha, ai não que não tenho,
amo-te tanto mas hoje tenho de me deitar cedo, amanhã é aquela reunião importante de que te falei, se conseguir o cliente vamos ser tão felizes, aquela casa, o carro novo, quem sabe?, só tenho de o conseguir convencer, tenho tudo prontinho na minha cabeça e nada pode falhar, vamos ser ricos, é o que é, ai não que não vamos,
amo-te tanto mas hoje não estás, cheguei à hora combinada para te levar a jantar e tu não estás, o miúdo também não, deve estar no treino, deixa-me cá ligar, ninguém atende, nem tu nem ele, provavelmente deves estar a preparar alguma, sempre foste tão assim, cheia de surpresas, daqui a nada entras pela porta e dizes que me amas, ai não que não dizes,
amo-te tanto mas hoje tenho de assinar este papel, olho-te e peço-te perdão, prometo-te que não vai haver mais mecânicos nem treinos nem clientes estrangeiros nem reuniões entre nós, garanto-te que te quero acima de tudo, olho-te mais uma vez nos olhos e procuro acalmar o que te dói, mas tu só dizes para eu assinar e eu assino, as mãos tremem e até já uma lágrima caiu sobre elas, o nosso filho quando souber vai chorar como um menino pequeno outra vez, o nosso craque, podias ficar pelo menos pelo nosso craque, ou pelo menos por mim, para me manteres vivo, Deus me salve de não te ter comigo, sou uma impossibilidade se não te tiver para gostar, ai não que não sou,
amo-te tanto mas hoje não tenho nada para fazer, a casa escura, um silêncio vazio e nada para fazer, apenas esperar que te esqueças de mim e me voltes a amar, e eu amo-te tanto, ai não que não amo.''

Pedro Chagas Freitas - Prometo Falhar

terça-feira, 15 de março de 2016

Se pudesse...

 
''– Se pudesse escolher, tinha nascido nos teus braços.
– ...
– Para não perder tempo. Para perceber, logo ali, onde estava o motivo para estar ali.
– Todos devíamos nascer nos braços da pessoa com quem vamos morrer. Por uma questão de economia de esforços. Para começarmos, de imediato, a ganhar o tempo.''

Pedro Chagas Freitas in Prometo Falhar
 
 

quarta-feira, 2 de março de 2016

Parabéns aos dois


Hoje é o meu dia mas também já foi o teu dia. O nosso dia. Partilhamo-los apenas durante 6 anos mas o mais importante é que o partilhamos.

Juntos temos histórias para contar. Aventuras. Momentos e dias que vivemos um com o outro. É certo que não me lembro de todas elas e aquelas que me lembro são apenas breves memórias. Há uma que me recordo muito bem, foi um dia em tua casa. Deve ter sido no teu último ano de vida, tu já andavas de cadeira de rodas. Nesse dia, eu e o Gabriel fartamo-nos de te chatear. Estávamos mesmo a abusar e tu já te estavas a passar. Já não estavas a achar piada nenhuma à nossa brincadeira (mas afinal nós éramos garotos, não tínhamos noção disso). Em mente tinhas apenas uma intenção. Fazer com que nós parássemos de vez. Foi então que ameaçaste que ias ligar para a polícia para nos vir buscar e prender mas nem isso resultou.

Apesar da vaga ideia que tenho de ti, por vezes dou por mim a pensar em ti. No que vivemos juntos.

Obrigada por teres partilhado momentos comigo. Por seres sangue do meu sangue. Por me teres aturado. Por teres educado e ensinado os valores da vida não só a mim como também a toda a tua família (filhos e netos) mas sobretudo ao padrinho.

Tenho a estrelinha mais brilhante do céu a olhar por/para mim. Tenho imenso orgulho de ti *.*


Parabéns avô J

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Amizades

            Prefiro mil vezes ter uma amizade com um rapaz do que com uma rapariga. Não por ter qualquer tipo de interesse ou segundas intenções. Mas sim pelo à vontade e descontração que os rapazes impregnam numa amizade.
Se por um lado, eles são muito mais leais, mais verdadeiros, mais sinceros por outro lado, são muito mais amigos, mais cúmplices. Conseguem sempre ajudar numa fase pior da vida de uma rapariga. Conseguem ''pôr'' um sorriso no rosto das raparigas. São ótimos ouvintes, conselheiros então nem se pode comparar (uma vez que não precisam de falar por experiência própria para saberem do que estão a falar). Não julgam e acima de tudo não desprezam nem menosprezam. Eles sim, sabem dar valor a uma amizade. Sabem quando hão de agir. Sabem quando hão de estar quietos, apenas a escutar ou simplesmente deixar o silêncio de ambos conversar. Sabem quando hão de proteger. Sim, é isso. É isso mesmo que os caracteriza. O seu instinto protetor.
São eles, os meus amigos (embora que nem sempre estejam presentes e alguns com uma certa distância) que dão sentido à minha vida. Que me dão valor. Que me ajudam quando eu mais preciso. Que me animam. São eles que me apoiam e me dão o seu ombro para chorar. É a eles, e só a eles que preciso de agradecer do fundo do coração.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Feliz 2016


     E que este seja o ano. O ano de realizarmos os nossos sonhos. O ano em que vamos ser ainda mais divertido. O ano em que vamos ser mais aventureiros. O ano em que deixemos, um bocadinho, de lado a crise. O ano em que alcancemos aquilo que mais ambicionamos.
     Um bom ano para todos. Ah, e não se esqueça, sejam felizes.